segunda-feira, 9 de março de 2009

Veneza: 10:40hs da manhã, acordo atrasado e ainda de ressaca de uma vida mal amada.
Tenho um encontro marcado, tomo uma ducha rapida, e ponho a minha velha camiseta dos freak brothers.
O encontro e nos sentamos do lado de fora de um café, e começamos a beber uma garrafa de vinho.
Eu pergunto algumas coisas e ele começa a falar sobre o Inferno, o Purgatório e o Paraiso, tomamos algumas garrafas enquanto conversamos mais tenho que me apressar, me despeço dele sem saber o que ele faz ao certo, mais tenho a divina impressão de que ele ee algum tipo de comediante.

Cheguei em Paris já eram quase meio dia, me sentei e pedi uma garrafa de champagne, ele chegou uns 5 minuto depois e começou a beber comigo.
Depois da terceira garrafa, ele não parava de falar, então tentei lhe calar, mais ele me disse que o seu oficio era dizer o que penssava, e que mesmo não concordando com nada do que eu dizia, defenderia até a morte o meu direito e dizer.
Ouvi em silêncio, fiquei pensando no que disse, mais tinha que encontrar outra pessoa, então fui embora e o deixei bebendo.

Encontrei o velho em Moravia, e começei a falar sobre os meus amores, e de como me sentia bem em sentilos.
Ele me disse como uma pessoa fica mais forte quando esta segura de ser amada, e pediu uma garrafa de Becherovka, enquanto bebemos, perguntei se o amor e essa segurança não passavam de um sonho, e ele me explica que o sonho é a satisfação de que o desejo se realize.
Eu passaria horas conversando com aquele senho se eu pudesse, mais precisava ir embora.

14hs. O dia esta ótimo e eu em Vladivostok, ah a Mãe Russia, é simplesmente maravilhosa.
Me encontro com Anna Akhmatova, não hesito um só segundo, e peço ao garçom uma garrafa de Stolichnaya.
Ela me conta sobre os seus pensamentos, eu só a ouço e tento entender o que realmente ela queria me dizer.
Já são quase 15hs, tenho que ir, de alguma maneira acabo concordando com as suas idéias antes de partir.

Finalmente em São Paulo, corro para não peder o meu encontro, e chego em frente ao prédio do Banespa, penso subir de escadas mais pego um elevador, la em cima ainda tem um lance de escadas que eu já não me recordava.
Quando chego no beiral não perco um segundo e me jogo sem hesitar, na queda a minha manhã, me passa diante dos olhos como se fosse um filme, me lembro de tudo, Italia, França, Republica Checa, Rússia, todos os sabores de todas as bebidas me vem a boca de uma só vez, como um néctar de uma alquimia que eu nunca havia provado antes, e tudo o que foi dito me chega junto ao término da queda.......
Abro meus olhos, pessoas passam por cima do meu corpo, pisando em uma enorme poça de sangue.
Me levanto e começo a andar, quando olho para trás meu corpo ainda está no chão ensanguentado, as pessoas continuam passando, dou uma última olhada, me viro e vou de encontro a multidão deixando para trás em meio ao sangue tudo o que eu já havia sido um dia.

3 comentários:

  1. mais conflitos, conflitantes do que outra coisa...

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  2. Caralho meu, quem diria....impressionante a capacidade criativa do ser humano...supimpa, bj

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